terça-feira, 14 de agosto de 2007

noticias da politica

Renan volta a ser visado pela oposição na reabertura do Senado
Conselho de Ética quer ouvi-lo e também a jornalista Mônica Veloso
Nem o recesso, nem o acidente aéreo, reduziram o interesse da oposição em retomar com interesse o caso Renan Calheiros. A senadora Marisa Serrano, uma das relatoras do processo por quebra de decoro parlamentar do presidente do Senado, quer tomar depoimento de Renan, assim que a Polícia Federal finalizar a perícia nos documentos apresentados por ele para justificar os recursos utilizados no pagamento de pensão à jornalista Mônica Veloso. Renan Calheiros é acusado de ter essas despesas pessoais pagas por um funcionário da Construtora Mendes Júnior. Em sua defesa, ele alegou que os recursos proveriam de operações de compra e venda de gado.
Senador Renan Calheiros (PMDB-AL) concede entrevista. Foto: Geraldo Magela - Agência Senado
Para a senadora tucana, será difícil acabar o relatório sem ouvir a pessoa principal. Todos documentos necessários à conclusão da perícia que envolve negócios de Renan foram enviados à Polícia Federal durante o recesso parlamentar. Os resultados das investigações serão encaminhados ao Conselho entre os dias 14 e 15 de agosto. O colegiado teria 15 dias para finalizar e votar o relatório. Mas sem deixar de ouvir a jornalista Mônica Veloso, ainda que "reservadamente".
"Até hoje, Mônica não nos enviou resposta ao ofício que solicitava que ela demarcasse como recebia os recursos, em que local e se era em espécie ou em cheque. Para nós, é importante ter um documento nesse sentido. O pedido foi feito antes do recesso." A senadora Marisa Serrano disse ainda que, para a nova representação que o PSOL protocolou contra o senador Renan Calheiros o Conselho de Ética terá que abrir um outro processo, com a designação de outro relator, ou relatores.
A representação do PSOL pede que o Conselho de Ética investigue se o parlamentar beneficiou a empresa Schincariol junto ao INSS, além das acusações de que Renan teria grilado terras em Alagoas junto com seu irmão, o deputado Olavo Calheiros. Ao mesmo tempo o PSOL representou contra o irmão de Renan à Mesa Diretora da Câmara. Ele é acusado de ter vendido uma fábrica de cerveja à Schincariol no município de Murici, com preço acima da média do mercado. Renan, em contrapartida, teria atuado para reverter dívida de R$ 100 milhões da empresa no INSS e em débitos com a Receita Federal.
O argumento dos relatores do caso Renan no Conselho de Ética, Renato Casagrande, Marisa Serrano e Almeida Lima é que a representação inicial do PSOL, que questiona a ligação do peemedebista com a empreiteira Mendes Júnior, não faz nenhuma menção às denúncias que ligam o senador à Schincariol.
Outro processo
O PSOL realiza hoje um protesto nas ruas da cidade-satélite de Ceilândia e na rodoviária de Brasília. A manifestação é contra a corrupção e pela apuração de denúncias contra o no senador Gim Argello por crimes como tráfico de influência e grilagem de terra. O partido pressiona para evitar que o processo seja arquivado. “O senador José Nery tem feito intensas articulações junto à Mesa Diretora, à Corregedoria, com o senador Romeu Tuma para que o processo seja encaminhado, logo, ao Conselho de Ética”.
PMDB mais perto
A nomeação de Luiz Paulo Conde para a presidência de Furnas além de consolidar o apoio do PMDB ao governo Lula, que já recrutou Nélson Jobim numa situação de emergência, deve aproximar ainda mais o Partido do Planalto e tornar a base aliada mais fortalecida no segundo semestre. A especulada volta de Silas Rondeuau, se confirmada, também vai contribuir nessa direção. E num momento importante, o da tentativa de prorrogar CPMF e a DRU. Essas votações devem entrar na pauta da reunião do Conselho Político do Governo, hoje.
Governador ganha liminar
O Tribunal Superior Eleitoral concedeu liminar ao governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima para mantê-lo no cargo. De acordo com o TSE, ficam suspensos os efeitos da decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, que cassou seu mandato e o do vice-governador, José Lacerda Neto.
O pedido de cassação foi feito pelo PCB (Partido Comunista Brasileiro). Cássio da Cunha Lima é acusado de abuso de poder político, por distribuir 35 mil cheques, por intermédio da FAC (Fundação de Ação Comunitária), durante a campanha eleitoral do ano passado. A decisão de cassação está suspensa até que o TSE julgue o recurso ordinário, que ainda será interposto no tribunal pela defesa do governador.
Carlos Fehlberg

Nenhum comentário:

Postar um comentário