De retorno de sua viagem ao exterior, o presidente Lula deve colher de seus ministros e assessores mais próximos, ainda hoje, informações sobre a crise política no Senado, envolvendo o seu presidente Renan Calheiros. E como reflexo, suas repercussões sobre a votação da CPMF. Ainda no exterior, Lula chegou a falar sobre o episódio manifestando sua preocupação com as votações por causa das denúncias contra Renan. Ainda esta semana, o presidente voltará a reunir-se com o Conselho Político, passando em revista o novo cenário e também receberá a proposta do Ministério da Fazenda, Guido Mantega, sobre a reforma tributária. O fato é que o envolvimento do governo com a crise no Congresso é inevitável porque ele será atingido pela obstrução oposicionista. Tucanos começam a preparar programa Começou por São Paulo a troca de opiniões entre economistas do PSDB visando o novo programa que será proposto no Congresso do Partido, nos próximos meses. Nesta segunda-feira, os líderes do PSDB tendo Aécio à frente vão ingressar nesse debate. As lideranças tucanas emprestam muita importância ao Congresso que pode traçar rumos para o partido.
CONFIRA
O corregedor do Senado, Romeu Tuma, estuda propor que o empresário João Lyra, de Alagoas, explique a sociedade com o presidente da Casa, senador Renan Calheiros, envolvendo propriedade de rádios naquele Estado. Tema que voltou à evidência no fim de semana na mídia com novas reportagens.
Agências reguladoras, que estão em pauta desde o início de julho, quando projeto do Executivo, ganhou urgência, serão destaque, esta semana, na Câmara. O projeto devolve aos ministérios atribuições das agências, como a outorga ou extinção de direito de exploração do serviço e celebração do contrato.
DE PRIMEIRA
Começa a batalha da CPMF: a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara vai votar a constitucionalidade da PEC que prevê a continuidade da sua cobrança. Um acordo de lideranças vai permitir a votação. Mas é só o começo...
Senador quer reduzir número de congressistas O senador Alvaro Dias apresentou propostas de emenda constitucional e um projeto de lei complementar sugerindo a redução do número de deputados e senadores, mantendo o número de vereadores. Pela proposta, o Senado perderia 27 membros, ficando com 54 - dois por estado -, a Câmara dos Deputados teria 405 integrantes - 108 a menos que a composição atual - e a composição das Assembléias Legislativas teria o triplo do número de deputados federais daquele estado, até o limite de 15, a partir do qual serão acrescidos tantos quantos forem os deputados federais acima de cinco. Os projetos prevêem uma redução escalonada do número de parlamentares nos próximos quatro pleitos.
HISTORINHA
ONG de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) enviou carta ao governo, manifestando preocupação com a posição brasileira no caso dos boxeadores cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara. O assunto continua em debate no Congresso e o ministro da Justiça pode ser convocado pelo Senado.
FRASES
"Não existe política macroeconômica de esquerda ou de direita. Existe política macroeconômica mal ou bem feita." Pedro Malan, ex-ministro da fazenda no governo FHC.
"Nada justifica manutenção da CPMF." Fernando Henrique Cardoso, para quem agora há desperdício de recursos.
"Direito dos lutadores cubanos foi ignorado." Celso Lafer, ex-ministro das Relações Exteriores.
"Eles quiseram voltar." Tarso Genro, ministro da Justiça sobre polêmica dos pugilistas cubanos.
"A questão é de ter um Conac vertebrado, ou seja, com a capacidade de fixar as diretrizes. E isso já está acontecendo". Nelson Jobim, ministro da Defesa.
"Acho que podemos discutir uma redução gradual da CPMF e uma eventual repartição com estados e municípios." Jorge Bittar, deputado federal do PT
"A economia brasileira é mais parecida com uma selva do que com uma economia." Eduardo Gianetti da Fonseca, economista e professor.
"Há um déficit de comunicação no PSDB e um superávit no PT." Lourdes Sola, cientista política.
"É na economia que mora o grande perigo político." Eliane Cantanhêde, colunista da Folha de São Paulo
"Uma gangue tomou conta da Infraero." Demostenes Torres, relator da CPI do Apagão no Senado, ouvindo acusações de procuradores do Ministério Público Federal.
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