terça-feira, 21 de agosto de 2007

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Presidente do PMDB nega que o caso complique de alguma forma o Partido
Para o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer, seu partido deseja um julgamento justo e não político para o senador Renan Calheiros, presidente do Senado. Apesar das históricas diferenças entre ambos, Temer hoje mais próximo do governo, fez sua primeira declaração objetiva e de apoio ao presidente do Senado, que sempre militou em corrente partidária adversa. Além de dizer que o caso não atrapalha o PMDB, Temer afirmou também que o episódio político não prejudica a atividade político-partidária. E revelou que tem conversado com Renan, que lhe assegurou que, para todas as acusações, tem apresentado uma contraprova.
O presidente do PMDB, Michel Temer, chega ao Palácio do Planalto para conversar com o presidente Lula/Foto: José Cruz/ABr
Quanto à CPMF, outra polêmica política que começa a envolver o Congresso, o presidente do PMDB garante que o governo não deverá partilhar a contribuição do imposto com Estados e municípios. O presidente nacional do PMDB vai se reunir com os presidentes dos principais partidos para discutir as questões relacionadas à CPMF e à Reforma Tributária nos próximos dias. E observou que não sabe a maneira como o governo deverá agir nos mecanismos de compensação para Estados e municípios na Reforma Tributária.

Renan não vai cobrar apoio
Renan Calheiros que vive momentos decisivos no Senado não vai cobrar apoio dos senadores para ser absolvido nos processos por quebra de decoro parlamentar a que responde no Conselho de Ética da Casa. Não vê também qualquer vinculação deste episódio com a necessidade do governo aprovar a prorrogação da CPMF até 2011, o que poderia envolver empenho do PMDB na votação, em troca de uma possível absolvição do senador. E diz o porquê: "A CPMF só vai chegar ao Senado no final de setembro, início de outubro. O meu processo não tem nada a ver com a CPMF, é uma decisão dos meus pares. Eu não vou cobrar apoio de absolutamente ninguém", deixou claro o senador.
Seu propósito é pedir que seus colegas "observem os fatos, as provas, os documentos" apresentados por ele para que votem de acordo com as suas consciências: "Seja qual for o calendário do Conselho, vou aproveitar para mostrar a verdade que eu carrego comigo. Quando tínhamos pressa para demonstrar a verdade, havia quem falasse mal. Hoje eu não tenho pressa, eu quero é que a verdade aflore, que o povo fique convencido da minha inocência".
O senador revela que se colocou à disposição do Conselho e estar disposto a encaminhar novos documentos ao Conselho se necessário: "Eu mandarei quantos documentos forem necessários. Manda documento quem tem documento, quem não tem documento fala, fica no discurso".
Renan responde a três processos no Conselho de Ética do Senado. O que envolve a jornalista Mônica Veloso com que teve uma filha fora do casamento, a de ter procurado o INSS para reverter dívida de R$ 100 milhões da Schincariol depois que a empresa comprou fábrica de seu irmão, o deputado Olavo Calheiros e a de ter usado laranjas para comprar um grupo de comunicação em Alagoas em sociedade oculta com o usineiro João Lyra.

Plano de Segurança
No lançamento do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, ontem, o presidente Lula afirmou que o combate à criminalidade se faz com políticas sociais. "Nós precisamos levar junto com a urbanização a escola, o posto médico, a área de lazer", afirmou o presidente Lula, destacando que é preciso atacar antes "de as pessoas se tornarem criminosas".
O programa contará com investimentos de R$ 6,7 bilhões até 2012. Deste montante, R$ 483 milhões deverão ser aplicados ainda neste ano. As atenções iniciais estarão voltadas para 11 regiões metropolitanas, que apresentam os maiores índices de violência do Brasil.
Em seu discurso, Lula afirmou que o governo está "apostando todas as fichas" para recuperar a juventude e fez um apelo às famílias. "Se o pai, a mãe e o tio não estiver convencido de construir a parceria conosco, nós teremos muito mais dificuldade de vencer a batalha."
Mercados: calma
A instabilidade dos mercados de ações nos Estados Unidos ontem não impediu que a Bovespa operasse em alta durante todo o dia e encerrasse os negócios com ganho de 1,33%, a 49.206 pontos.
Com o fechamento de hoje, o Ibovespa, principal índice de ações do país, completa dois dias de valorização, após registrar seis baixas seguidas desde 9 de agosto. O dólar fechou em alta de 0,25%, cotado a R$ 2,029 na venda.

Outro processo
Um mês após ter recebido representação do PSOL contra Gim Argello, a Mesa do Senado decidiu examinar o caso do senador, acusado de quebra do decoro parlamentar. A sessão da Mesa que tomará a decisão de enviar ou não o caso Argello ao Conselho de Ética da Casa está marcada para a tarde de hoje. Argello assumiu na última sessão realizada pelo Senado antes do recesso parlamentar, na vaga do titular da vaga, Joaquim Roriz.

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