quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Analise dia 16/01/2008

Presidente valoriza conversa que vai ter com o senador diante de possível crise energética
Depois do encontro com a cúpula do PMDB na semana passada, o presidente Lula deve encontrar-se hoje, após o retorno de Cuba, com o senador Edison Lobão e definir o convite para integrar seu ministério. No exterior, Lula disse que a nomeação depende desse encontro, embora o PMDB já contabilize como certa a nomeação. Lula, porém, insiste na importância da conversa com ele para "estabelecer uma discussão."
Presidente Lula deve encontrar-se com senador Edison Lobão (PMDB-MA)
Tudo indica que o presidente quer é aprofundar o debate, não sobre o nome, mas diante das preocupações que envolvem o setor energético, ameaçado de crise. Por isso repete o que afirmou na semana passada: a importância da conversa com o Lobão, que deve ocorrer hoje.
Diante de dúvidas levantadas pelas evasivas do Presidente, o ministro José Múcio Monteiro, Ministro de Relações Institucionais decidiu ser mais claro: "Não existe possibilidade do senador Edison Lobão não ser convidado. Ele foi indicação unânime do PMDB, e o presidente marcou audiência com ele para amanhã. A probabilidade indica que o curso seguirá normal".
Outro problema
Enquanto isso, Edison Lobão Filho, suplente do provável ministro, mas que não trocou de Partido, permanecendo no DEM, corre o risco de ser expulso no caso de suas versões sobre as denúncias de sonegação de impostos e irregularidades em empresas de rádio e TV, não forem satisfatórias.
A senadora Kátia Abreu, do DEM, está antecipando que ele será cobrado pelo partido. "O DEM não permitirá que nenhuma mancha o comprometa. Se não der explicações, será convidado a se retirar." Em nota, Lobão Filho atribui as denúncias ao clima de intimidação política.
Lula em Cuba
O presidente Lula se reuniu ontem com o chefe de Estado cubano. Raúl Castro, assinando diversos acordos econômicos. A visita relâmpago de Lula a Cuba, teve o objetivo de melhorar as relações entre os dois países. Lula foi recebido por Raúl Castro e assinaram uma série de acordos econômicos, através dos quais o Brasil pretende ajudar a reerguer a economia de Cuba. E também uma linha de crédito de US$ 500 milhões, sendo US$ 100 milhões para a compra de alimentos e o restante para projetos de mineração, relacionados à exploração do níquel, na reforma de estradas e de hotéis e na produção conjunta de produtos farmacêuticos.
Depois da agenda administrativa, Lula foi recebido pelo presidente Fidel Castro com quem conversou longamente.
Oposição aproveita...
A oposição aproveitou a oportunidade e colocou em evidência um tema polêmico e mal explicado. O senador Heraclito Fortes, presidente da Comissão de Relações Exteriores, sugeriu que o presidente Lula traga de volta da Ilha notícias sobre a situação dos dois boxeadores cubanos que fugiram da delegação de seu país aos Jogos Pan-Americanos e foram enviados de volta a Havana.
PSDB cobra
O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra divulgou nota cobrando do presidente Lula uma posição firme contra as ações das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Guerra afirma que Lula ainda não tratou o assunto com firmeza e é "dúbio" em relação ao que pensa sobre as Farc. Para o dirigente tucano "a opinião pública brasileira exige e os interlocutores externos do Brasil merecem uma manifestação clara sobre assunto de tamanha gravidade", diz Guerra na nota. "Em seu programa de rádio transmitido nesta segunda-feira, ele, mais uma vez, foi dúbio e tratou a questão com pouca firmeza."
Na nota, Guerra afirma que Lula precisa deixar claro se enxerga as Farc como o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ou como o ministro Celso Amorim. "O silêncio do presidente enfraquece a declaração do chanceler e mantém a ambigüidade sobre a posição do Brasil."
Amazônia em evidência
O ministro do Núcleo de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, defende um novo modelo de desenvolvimento nacional que priorize a Amazônia e associe ao mesmo tempo preservação e exploração da natureza. E definiu a região como "grande laboratório nacional".
Segundo Unger, a Amazônia pode ser a maior responsável por esse projeto de "reconstrução econômica e institucional", porque representa mais da metade do Brasil e reúne todas as condições para a "reinvenção do País". E avançou mais um pouco ao dizer que "estamos trabalhando para estabelecer a Amazônia como a prioridade nacional na primeira metade do século 21. O Brasil só se transformará transformando a Amazônia".

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