sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Fernando Chucre defende projetos para conter gastos



Data: 26/02/2009

Para deputado, Planalto tem competência apenas para aparelhar a máquina pública

Brasília (26 de fevereiro) - O deputado Fernando Chucre (SP) criticou nesta quinta-feira o abandono, por parte do governo, de projetos essenciais na área de gestão capazes de conter despesas e reduzir gastos com a máquina pública. Uma dessas propostas é a que prevê limite no crescimento da folha de pessoal da União em 1,5% ao ano mais variação da inflação, lançado em 2007 com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "O cumprimento dessa regra seria muito bem vindo, principalmente em momento de crise como agora", defendeu.FRUTO DE INCOMPETÊNCIAA proposta fazia parte da ideia original do PAC, mas está arquivada por resistência do próprio governo e da base aliada. Segundo a proposta, o freio para os gastos com pessoal da União perduraria por dez anos, o que conteria significativamente as despesas com custeios do Executivo, Legislativo e Judiciário durante esse período. "O governo deveria ter cumprido o que já estava pré-estabelecido. O problema é que a regra petista é exatamente descumprir os compromissos relativos à gestão pública", afirmou Chucre, para quem o Planalto sempre ultrapassa gastos, mas não aplica em investimentos.O parlamentar ressaltou a constante aparição nos veículos de comunicação de reportagens que denunciam o descontrole da gestão Lula com a contratação de funcionários não concursados e do não cumprimento dos mecanismos capazes de reduzir as despesas desnecessárias do governo. "Nós, do PSDB, também vamos continuar batendo nessa tecla, inclusive em plenário. Precisamos mostrar para a população a farsa que é este governo em termos de gestão e aplicação de recursos para o bem da população como um todo", alertou.Na base aliada já há quem se preocupe com os exageros dos gastos com funcionalismo. Até mesmo o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, admitiu que a atual gestão já gastou demais e, por isso, é hora de "dar uma parada". O senador até quer aprovar o projeto para limitar o crescimento da folha, mas com o teto de 2,5% ao ano somado a inflação. A proposta de Jucá foi apresentada em 2007, mas acabou esquecida após a extinção da CPMF."É basicamente um problema de incompetência para investimentos e competência para contratações e aparelhamento da máquina pública", criticou Chucre. Números recentes confirmam as criticas do deputado: dos R$ 669 milhões previstos em janeiro no orçamento para investimentos, nada foi aplicado. Só saíram dos cofres públicos R$ 784,9 milhões relativos a restos a pagar. "O PAC é o claro exemplo disso, uma vez que não progride e está muito aquém do que afirmam", condenou.

Fonte: Agência Tucana

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA SEU ESCRITÓRIO

"A maioria das pessoas não planeja fracassar, fracassa por não planejar"Embora o termo planejamento estratégico não seja novo, surgem muitas interrogações quando é levado para o segmento jurídico. Logo se pensa em estratégias empresariais, algo distante do mundo da advocacia. Isso não ocorre apenas em escritórios de menor porte ou de estrutura familiar, pois mesmo os grandes enfrentam ou já enfrentaram a dificuldade de associar seu negócio a uma empresa. Mesmo quando já funcionam como tal. O preconceito existe, mas as barreiras estão caindo por uma simples razão: é mudar ou perecer.A gestão estrategicamente planejada - o pensamento e comportamento racional na advocacia - torna real a profissionalização das estruturas. Dessa forma, cresce a eficiência nos serviços prestados em todas as atividades desempenhadas, importante tanto para pequenos escritórios quanto para os demais. Este trabalho deve ocorrer em todo o contexto da banca. Não se deve entregar a extensas e intermináveis reflexões, nem se precipitar em mudanças radicais de formas de trabalho. Ou mesmo resumir - se ao estabelecimento de setores e regências. É preciso dispor - se a um trabalho em que haja tanto uma análise quanto a incorporação prática e revisão constante. Como cada escritório e situação são únicos, não basta escolher um manual prático, porque a estrátégia específica não está lá fora. Ela só será possivél ao atentar também para o interior da banca e sua cultura. Não basta ter uma imagem brilhante do que se deseja alçançar sem olhar para o passado e o presente do escritório. Só assim pode - se projetar um futuro mais sólido.VISÃO ABRANGENTE É importante esclarecer que o planejamento estratégico não é uma medida com princípio, meio e fim, a ser usada apenas para " passar o escritório a limpo". Não se trata de um plano limitado em um momento específico. Sua abrângencia é bem maior, uma vez que incorpora uma condução consciente ao escritório, passando a fazer parte da rotina do mesmo, pois sua imagem, caráter, objetivo, decisões, políticas, estruturas e equipe farão parte da formulação estratégica. Esse tipo de estratégia abrange o processo como em todo. É fundamental que todo o escritório e os envolvidos com seu funcionamento sejam considerados para que a análise da situação atual seja algo real, assim como a elaboração e implementação do planejamento. Isso acontece logo após o reconhecimento das necessidades. Trabalha - se, então, com o que o escritório já possui, ou seja, o "quem sou", com a análise do histórico de seu segmento, o porquê, a partir de quem e como veio a funcionar. É preciso indentificar o que foi previsto e realizado até então. O planejamento, no entanto, não garante que a nova política de gerenciamento seja idêntica à pretendida, mas cuida para que durante o percurso diário, o escritório não se desvie do foco principal, entendendo que algumas metas não realizadas darão lugar a outras emergentes, o que é normal e sadio para o funcionamento de uma organização.Ao fazer esta trabalho, é interessante que seja promovida a divisão das gestões existentes, de modo a facilitar a visualização da forma como cada um está relacionada, assim como identificar as diversas tarefa realizada pela área administrativa e técnica. Ao estudar a gestão geral do escritório, que corresponde ao formato do mesmo, é imprescindivel a atenção especial dos sócios ou "donos". A partir daí, todas as atividades encontram uma base que precisa ser sólida e clara para todos. É neste momento que analisamos a missão, a visão, os princípios e os valores que, caso não estejam bem definidos, deverão ser pensados e colocados em vista. Se não se sabe o motivo da existencia de um escritório ou onde ele pretende chegar, ou ainda, em quais princípios e valores ele deve respaldar - se, não há como criar estratégias de ação, planos e metas setoriais. O planejamento possibilita que administrativo, financeiro, pessoal, produção, tecnologica e infra - estrutura atuem para um fim comum, com outros objetivos específicos. " Muitas vezes, o escritório abre uma filial em uma situação que pede desinvestimento para sobreviver quando, antes disto, poderia ofertar nosso serviços e os produtos jurídicos para sua base de clientes, de forma a aumentar a retabilidade da operação". PLANOS DE EXPANSÂO Em seguida, serão analizadas as formas de crescer, que podem estar relacionadas com a busca de novos mercados, abertura de uma filial, desenvolvimento de um novo serviço ou criação de uma nova área. As tentativas mal sucedidas analisadas no histórico servem como alerta e não como fator de desânimo, porque a empresa reconhecerá algo em que insista desnecessariamente e descobrirá fatores de desenvolvimento que até então não enxergava. Se o escritório não tem idéia de sua missão e visão, provavelmente terá que rever também seus planos de expansão.Muitas vezes, o escritório abre uma filial em situação que pede um desinvestimento para sobreviver, quando, antes disto, poderia ofertar novos serviços e produtos juridicos para sua base de clientes, de forma a aumentar a rentabilidade da operação. Será necessario, ainda, o reconhecimento dos pontos fortes e fracos dentro do ambiente interno, assim como a identificação de oportunidades e ameaças no ambiente externo ao escritório. Dessa forma, identifica -se os fatores críticos de sucesso e o diferencial competitivo.O caminho torna -se mais claro após a análise destes fatores internos e externos, apontando -se, naquele momento, o escritório precisa primeiro se fortalecer, já pode crescer, investir ou mesmo desinvestir. Reuniões, palestras, programas de qualidade e dinâmicas são ferramentas e ficazes na elaboração de implementação de estratégias, mas precisam ser objetivas e programadas. Quando o escritório se desmembra., essas ações garantirão sua permanência ou uma nova forma de trabalhá - lo."Os profissionais que trabalham no escritório devem ser analisados pelo capital intelectual, ou seja, como um ponto forte para o desenvolvimento, ou como um ponto fraco, no caso de escritórios que mantêm uma grande equipe com obejtivos dispersos."CAPÍTAL INTELECTUAL O envolvimento de todos é fundamental desde o ínicio do planejamento para que os objetivos sejam alcançados. Dessa forma, os profissionais que trabalham no escritório precisam ser analisados pelo capital intelectual, ou seja, como um ponto forte para o desenvolvimento, ou, por outro lado, como um ponto fraco, no caso de escritórios que mantêm uma grande equipe com objetivos contrários. Na implementação da estratégia, várias atividades devem funcionarcomo alguma interdependência. Todas de acordo com o objetivo principal da empresa. A comunicação interna precisa estar preparada para tanto, pois influenciará no desempenho das atividades relacionadas à estratégia planejada. Eis a importância do envolvimento coletivo e do planejamento: garantir um curso orientado e conhecido por todos. PLANO "B"As metas que surgem em decorrência da estratégia escolhida abrangem todas as gestões do escritório, e o planejamento precisa ter sido feito conforme cada uma dessas gestões. Já o bom desempenho de uma gestão afeta todas as outras, assim como o caminho inverso reflete sempre no objetivo final do escritório. Será importante também, ao considerar a missão e políticas do escritório juntamente com as pessoas envolvidas, elaborar atividades alternativas na implementação das estratégias, já que o ambiente está em constante mudança e decisões planejadas poderão surtir efeitos diferentes do esperado. O planejamento prevê sempre a estratégia "B" Concluímos que a estratégia não pode ser um plano intocável, que não demanda flexibilidade. O escritório precisa trabalhar a mentalidade estratégica das pessoas que ali trabalham, e, se necessário, fazer alterações caso sejam verificadas posturas que insistem em chocar com o padrão da empresa, neste momento já em harmonia com seus princípios formadores.Sem líderes que auxiliem e implementem o planejamento estratégico, a operação pode sair prejudicada. É preciso criar uma nova demanda de flexibilidade, pois assim os sócios não serão os únicos a participar da elaboração de estratégia, tendo suas atividades revistas e programadas. Também precisarão contar com uma equipe de líderes. Estes podem ser descobertos entre as pessoas do escritórios e que irão colaborar decisivamente para a realização das atividades. Uma constante supervisão do que foi implementado, com análise dos resultados previstos e obtidos, deve orientar na elaboração de novas estratégias. Ao mesmo tempo, é preciso conservar o padrão de um escritório que sabe porque existe e procura crescer a partir do que se possui, de modo a otimizar recursos e estudar possibilidades, reinventar a advocacia e inovar nas pequenas práticas diárias, sem perder de vista seus princípios e valores.Texto confeccionado por: John L. Beckley.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

PARA DEPUTADO FERNANDO CHUCRE, CONTINGENCIAMENTO PODERIA SER EVITADO


O deputado federal Fernando Chucre (PSDB-SP) afirmou que o contingenciamento de R$ 37,2 bilhões decretado pelo governo Lula poderia ter sido evitado se o Planalto não tivesse aumentado substancialmente as despesas com a máquina pública ao longo de 2008.O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, anunciou o corte de 25% no Orçamento da União em resposta à crise econômica e à redução na arrecadação.Os gastos com investimentos foram os mais atingidos, passando de R$ 48,2 bilhões para R$ 33,5 bilhões - uma redução de 30,5%. O corte no custeio sofreu uma queda menor, de 22%."Isso é consequência da falta de planejamento do governo Lula e é a principal diferença entre as administrações tucanas e petistas. Nós diminuímos o custo da máquina pública e aumentamos a capacidade do Estado investir. É isso que o governador José Serra tem feito em São Paulo. Já o PT penaliza os investimentos", avaliou. O tucano também disse que esse tem sido o padrão dos governos petistas, tanto na esfera federal quanto na estadual
http://www.psdb-sp.org.br/

Leia íntegra do manifesto do grupo dissidente tucano na Câmara


04/02/2009 - 18h39

da Folha Online
A reeleição do deputado José Aníbal (SP) na liderança do PSDB na Câmara rachou a bancada tucana. Um grupo de 19 --dos 58 deputados tucanos-- leu uma carta de repúdio à reeleição de Aníbal, que foi chamada de 'golpe'.
Leia abaixo íntegra do manifesto do grupo dissidente tucano na Câmara:
"Movimento Unidade, Democracia e Ética
A atitude golpista e antidemocrática da liderança do PSDB na Câmara dos Deputados levou à dissidência um grupo expressivo de deputados e à formação do Movimento Unidade, Democracia e Ética na bancada do partido. O ato, típico de regimes autoritários, foi materializado em reunião convocada para a noite anterior à eleição do líder, com o intuito nefasto de alterar as regras e permitir a reeleição consecutiva, o que era vedado explicitamente desde 2003. Além disso, a norma que interditava a reeleição havia sido ratificada pela bancada, por unanimidade, no dia 15 de outubro de 2008.
Além de ferir os princípios da boa convivência e da manutenção da palavra na política, a mudança na véspera das eleições é inaceitável para um tucano que tenha ética e respeito ao estatuto do partido. A história da criação do PSDB está profundamente marcada pela reação a práticas similares de formação de maiorias eventuais, ao atropelo das normas partidárias e dos direitos das minorias. Atitudes que, infelizmente, têm marcado a vida partidária brasileira.
No programa do PSDB está escrito: "Não haverá delegados permanentes --outra fonte de aliciamento e fisiologismo que desvirtua a democracia interna. A alternância dos dirigentes e o princípio da direção colegiada serão observados em todos os níveis". Não há argumentos aceitáveis para excluir desse enunciado a eleição do líder do partido na Câmara dos Deputados.
O Movimento Unidade, Democracia e Ética congrega deputados que buscarão atuar de forma coordenada no trabalho parlamentar, pautando-se sempre pelos princípios programáticos do PSDB, e não seguirão a orientação do atual líder da bancada por considerar ilegítima a sua eleição.
Brasília, 4 de fevereiro de 2009"
O documento é assinado pelos deputados abaixo:
Dep. Antônio C. Pannunzio (SP)Dep. Arnaldo Madeira (SP)Dep. Carlos Alberto Leréia (GO)Dep. Carlos Brandão (MA)Dep. Emanuel Fernandes (SP)Dep. Fernando Chucre (SP)Dep. Gustavo Fruet (PR)Dep. João Almeida (BA)Dep. Julio Semeghini (SP)Dep. Jutahy Magalhães (BA)Dep. Leonardo Vilela (GO)Dep. Luiz Paulo Vellozo Lucas (ES)Dep. Mendes Thame (SP)Dep. Nilson Pinto (PA)Dep. Paulo Renato Souza (SP)Dep. Ricardo Trípoli (SP)Dep. Vanderlei Macris (SP)Dep. Walter Feldman (SP)Dep. Zenaldo Coutinho (PA)

Dissidentes do PSDB querem anular a eleição de Aníbal na liderança da bancada na Câmara

05/02/2009 - 19h20
RENATA GIRALDIda Folha Online, em Brasília
Após o anúncio sobre a dissidência no PSDB, um grupo de 19 deputados, liderados por Paulo Renato (SP), quer que a Executiva Nacional da legenda anule a eleição que manteve o deputado José Aníbal (SP), na liderança da bancada na Câmara, e promova uma nova disputa. A Folha Online apurou que o grupo voltará a se reunir em Brasília.
O racha no PSDB preocupa o comando nacional do partido. Interlocutores afirmaram que o presidente nacional da legenda, senador Sérgio Guerra (PE), está preocupado com as consequências da dissidência. Para ele, o melhor caminho é buscar um acordo. Mas os dissidentes afirmam que não há como negociar com Aníbal e seus aliados.
Interlocutores do grupo afirmaram que o objetivo da reunião, na próxima terça-feira (10), é definir as posições que serão assumidas pelo grupo. A ideia é seguir a linha programática do partido, mas sem obedecer as orientações de Aníbal. Os dissidentes querem evidenciar o descontentamento com sua manutenção na liderança.
Apelos
A Folha Online apurou que o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), telefonou para alguns deputados e pediu para que não se envolvessem no impasse. Já o governador de São Paulo, José Serra (PSDB) --que é ligado a vários dos integrantes do grupo--, preferiu ficar distante do assunto.
Paralelamente, os dissidentes conversam com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e apelaram a Guerra para que tome providências.
Reações
Ontem, o deputado João Almeida (BA) leu a nota oficial do grupo, durante sessão no plenário da Câmara, anunciando a dissidência e o descontentamento de parte da bancada com Aníbal. Os dissidentes acusaram o líder de golpista e adepto de práticas de regimes autoritários.
Segundo os dissidentes, Aníbal alterou o estatuto interno do PSDB para assegurar sua reeleição. O líder negou a acusação.
Aníbal foi eleito ontem na presença de 37, dos 58 deputados. Ele obteve 37 votos favoráveis. Mas os demais 21 integrantes da legenda não compareceram à reunião convocada para a eleição do líder.