segunda-feira, 15 de novembro de 2010

PSDB e PPS analisam hipótese de fundir as legendas

15/11/2010

Blog do Josias

  Fotos: ABr e Folha
Sem alarde, PSDB e PPS analisam a viabilidade e a conveniência de fundir as duas legendas numa só.

As conversas, ainda embrionárias, começaram há duas semanas, nas pegadas da derrota do tucano José Serra para a petista Dilma Rousseff.

Coube ao senador eleito Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) procurar o deputado eleito Roberto Freire (SP), presidente do PPS federal.

Ex-chefe da Casa Civil do governo Serra em São Paulo, Aloysio propôs a fusão.

Escorou a ideia numa apreensão legislativa. Disse que, juntas, as legendas teriam maior poder de fogo no Congresso.

O PSDB saiu das urnas de 2010 com 53 deputados e 11 sedadores. O PPS, com 12 deputados e um senador.

Na cabeça de Aloysio, a nova legenda abrigaria os “descontestes” de outros partidos –do PMDB ao DEM, passando por PDT e PSB.

Citou-se o exemplo do senador Jarbas Vasconcelos (PE), um oposicionista aninhado no protogovernista PMDB.

O debate ocorre num instante em que o tucanato tenta fazer a digestão de sua terceira derrota presidencial.

O senador eleito Aécio Neves (MG) fala em “refundar” o PSDB. FHC cobra a defesa explícita do legado da era tucana no governo federal.

O repórter foi ouvir Roberto Freire. Ele confirmou o contato de Aloysio Nunes e admitiu que as conversas caminham.

Deu a entender que atribui ao PSDB, não ao seu PPS, a iniciativa dos próximos movimentos: “Ninguém faz fusão a partir de um partido minoritário”.

Disse: para que a articulação avance, o PSDB precisa, primeiro, se convencer de que precisa buscar reforço, incorporando setores da “esquerda democrática”.

Depois, seria necessário “ter clareza do que vai ser esse novo partido”. Como assim?

“Não pode ser um amontoado, um ajuntamento”, disse Freire. “O Brasil não precisa de outro PMDB”.

Para Freire, se o objetivo for apenas o de dar maior efetividade às ações da oposição no Congresso, a formação de um bloco oposicionista pode resolver o problema.

Na hipótese de evoluir para a fusão, PSDB e PPS flertam com um risco que seus dirigentes parecem desconsiderar.

Da fusão resultaria uma terceira legenda, com programa e estatuto novos. Algo que desobrigaria os congressistas dos dois partidos do compromisso da fildelidade.

Pela lei, os filiados do PSDB e do PPS estariam livres para buscar refúgio em outras legendas. Tornariam-se alvos automáticos da cooptação governamental.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Após derrota de Serra, Aécio Neves diz que lutará por reformas

01/11/2010 - 18h23

DA REUTERS

O novo líder "de fato" da oposição brasileira, o senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG), disse que desafiará o novo governo eleito neste domingo ao pressionar pela agenda legislativa de seu próprio partido que buscará incluir reformas econômicas desejadas por muitos investidores.

Aécio prometeu trabalhar "de forma responsável" com a presidente eleita Dilma Rousseff (PT), que venceu o segundo turno da eleição presidencial neste domingo contra José Serra, do PSDB, partido de Aécio.

Ainda assim, Aécio promete reunir os parlamentares de oposição após Dilma assumir em 1º de janeiro e buscar uma agenda própria a partir de fevereiro que sinalize uma estratégia nova e mais agressiva por parte da oposição, que no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou o confronto na maior parte do tempo.

"O Brasil está suficientemente maduro para uma nova abordagem", disse. "Temos de ser firmes. Estamos dispostos a negociar, é claro... mas não podemos deixar que o Executivo imponha tudo, como se isso fosse uma monarquia."

Aécio, neto do ex-presidente Tancredo Neves, fez esses comentários durante entrevista na semana passada em sua casa no Rio de Janeiro. A publicação dos comentários era condicional a uma derrota de Serra neste domingo.

O PSDB e seus aliados serão minoria no Congresso no governo Dilma, o que tornará difícil para a oposição buscar uma agenda própria. Os comentários do senador eleito parecem mais uma tentativa de se transformar num ativista de políticas pró-mercado que ajudarão seu partido a continuar relevante nos próximos meses.

Ele se recusou a especificar quais reformas buscará, alegando que primeiro precisa consultar outros líderes.

Mas indicou que seria favorável a alguma combinação de mudanças para a onerosa carga tributária brasileira, modificações nas leis trabalhistas e cortes orçamentários que podem ajudar a reduzir as taxas de juros.

"Essas reformas estruturais precisam ser feitas para manter a economia brasileira em crescimento", disse. "Lula deveria ter feito, mas não fez. A hora de fazê-las é agora."

Dilma disse que fará da reforma tributária uma de suas prioridades, mas seus assessores afirmam que outras reformas provavelmente não são necessárias, já que a economia brasileira vive um boom.

Aécio, 50, é agora o principal líder do PSDB com perfil nacional após a derrota de Serra, que pode ter posto fim à sua carreira política depois de perder duas eleições presidenciais. Ele é o favorito para ser o representante tucano na eleição presidencial de 2014.

O senador eleito passou boa parte da entrevista criticando a concentração da receita tributária nas mãos do governo federal durante os oito anos de Lula no poder, um argumento que pode ajudá-lo a conquistar aliados em nível estadual e federal fora da tradicional esfera de influência do PSDB.

"O PSDB não foi bem na oposição. Fomos relutantes na crítica", disse. "Isso vai mudar."

domingo, 31 de outubro de 2010

Serra admite derrota e deseja a Dilma que 'faça bem ao país'

31/10/2010 - 22h55

 

DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

O candidato derrotado à Presidência, José Serra, fez um pronunciamento às 22h35 no qual admitiu a derrota e desejou à presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), que 'faça bem para o país'.

"No dia de hoje os eleitores falaram, e nós recebemos com respeito e humildade a voz do povo nas urnas. Quero aqui cumprimentar a candidata eleita Dilma Rousseff e desejar que faça bem para o nosso país".Foi a única menção à petista e à vitória dela nas urnas.

O tucano falou com a imprensa no quartel-general do PSDB em São Paulo, edifício Joelma.

Moacyr Lopes Júnior/Folhapress
Em pronunciamento, Serra admitiu a derrota para Dilma e deu a entender que continuará atuante na vida política
Em pronunciamento, Serra admitiu a derrota para Dilma e deu a entender que continuará atuante na vida política

Serra deu a entender que permanecerá atuante na vida política.

"Eu disputei com muito orgulho a presidência da República. Quis o povo que não fosse agora", disse o tucano.

"E para os que nos imaginam derrotados, quero dizer: 'nós apenas estamos começando uma luta de verdade'. Estamos no começo dessa luta. Nós vamos dar a nossa contribuição ao país em defesa da pátria, da liberdade, da democracia, do direito que todos têm de falar de serem ouvidos, da justiça social."

No final do discurso, o candidato derrotado afirmou: "a minha mensagem de despedida não é um adeus, mas um até logo".

Serra disse que chega ao final de campanha "cheio de energia", mas disse não saber como canalizá-la após a derrota.

"O problema é como dispender essa energia nos próximos dias. Essa energia que me foi passada de todo o Brasil."

color=#000000>INSINUAÇÕES

Sem mencionar exatamente a quê se referia, o tucano afirmou que sua campanha enfrentou "forças duríssimas" e agradeceu aos militantes e simpatizantes pela luta que travaram.

Tocou em várias vezes na palavra "liberdade".

"Vocês cavaram uma grande trincheira, construíram uma fortaleza, conquistaram a defesa da liberdade no Brasil. Um grande campo político em defesa da democracia, da liberdade e das causas sociais e econômicas em nosso país, que estão vivas no sentimento de toda a nossa população."

Referindo-se aos jovens que encontrou durante a campanha, Serra afirmou que ele próprio também sonhou e lutou "por um país melhor, mais justo e democrático, onde os políticos fossem servidores do nosso povo, e não se servissem do nosso povo".

color=#000000>ALIADOS

Ao lado dele estavam os presidentes de partidos aliados, seu candidato a vice, Indio Costa (DEM), o governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB-SP), o atual comandante do Estado, Alberto Goldman, além de amigos e familiares. Serra fez questão de ressaltar o apoio que recebeu.

"Tenho que agradecer a esse homem (Alckmin) que, honestamente, se empenhou mais na minha eleição do que na dele", disse Serra.

Serra ressaltou o apoio de outros aliados. Não falou de Aécio Neves, eleito senador por Minas Gerais.

Ele também fez questão de ressaltar o apoio da militância "que lutou nas ruas e na internet" por sua candidatura. "Quero agradecer também aos milhões de militantes, que lutaram nas ruas e na internet por um brasil soberano, democrático, e que seja propriedade do seu povo", afirmou.

PSDB triunfa em 8 Estados, e oposição comandará 52,3% do eleitorado brasileiro

31/10/2010 - 21h50

 

SILVIO NAVARRO
DE SÃO PAULO

Atualizado às 22h27.

A oposição, composta por PSDB e DEM, vai administrar 52,3% do eleitorado brasileiro.

Derrotado na corrida à Presidência, o PSDB saiu das eleições como o campeão na disputa pelos Estados (oito vitórias) e terá, a partir de janeiro, quase metade do eleitorado brasileiro sob sua administração _64,2 milhões, que representam 47,5% do total.

A conquista tucana nos Estados torna-se um contrapeso à vitória de Dilma Rousseff (PT), que contará com apoio certo de 16 governadores _o PMN, vencedor no Amazonas, estava na chapa de José Serra (PSDB).

Os tucanos já haviam faturado a eleição no primeiro turno em quatro Estados: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Tocantins, sendo os dois primeiros os maiores colégios eleitorais do país.

A esse cinturão no Centro-Sul do mapa somaram-se vitórias em mais quatro praças ontem: Alagoas, Pará, Goiás e Roraima.

O resultado está acima dos prognósticos mais otimistas feitos pelo comando do partido no início da campanha, cuja expectativa era faturar no máximo seis Estados.

Em números, é o melhor desempenho da sigla desde 1994 (52% dos eleitores), quando houve uma onda nos Estados alavancada pela eleição de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Em 2006, conseguiu 43%.

A oposição faturou no primeiro turno em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte, com o DEM.

O PT teve crescimento discreto, de 13,5% para 15,7%, ganhando em quatro Estados (AC, BA, RS e SE) e no Distrito Federal. Além da reeleição na Bahia, a grande vitória petista foi no Rio Grande do Sul.

Maior partido do Brasil, o PMDB encolheu e comandará 15,3% do eleitorado, ante 22,8% há quatro anos. A legenda administrará cinco Estados (MA, MS, MT, RJ e RO).

Outro destaque destas eleições é o PSB, que termina com seis vitórias (PB, CE, PE, ES, PI e AP), totalizando 14,8% do eleitorado. A força dos "socialistas" está concentrada no Nordeste.

CONGRESSO
O triunfo da oposição na geopolítica do país é, entretanto, relativizado pela ampla maioria que Dilma terá no Congresso.

De largada, a petista conta com 311 dos 503 deputados. Mas, se tomado o arco de partidos que hoje apoiam o governo Lula, ela teria uma base de 402 parlamentares _a maior desde a redemocratização do Brasil.

Os principais alvos de negociação do futuro governo Dilma serão PP, PTB e PV, que optaram por não se coligarem formalmente à chapa dela ao Planalto.

No Senado, a petista também terá maioria confortável, que variaria hoje entre 52 e 60 das 81 cadeiras.

FHC vota em SP e diz que previsões mudam

31/10/2010 11h32 - Atualizado em 31/10/2010 12h09

Perguntado sobre pesquisa, disse 'previsão era de chuva e está esse sol'.
Ex-presidente afirma esperar que o Brasil saia mais forte das urnas.

Marcelo Mora Do G1 SP

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Ex-presidente votou na manhã deste domingo em HigienópolisEx-presidente votou na manhã deste domingo
em Higienópolis (Foto: Marcelo Mora/G1)

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso compareceu para votar neste domingo (31) no colégio Nossa Senhora do Sion, na avenida Higienópolis, região central de São Paulo. Ele foi a pé da sua casa e chegou por volta das 10h50 da manhã.

Antes de votar, ele falou com a imprensa e foi aplaudido pelos eleitores no local. Após sair da seção de votação, ele conversou mais uma vez rapidamente com a imprensa. Perguntado sobre as pesquisas de intenção de voto, que apontam vitória da candidata petista Dilma Rousseff, Fernando Henrique afirmou: “A previsão para hoje era de chuva. Eu estava com um medo danado de que fosse chover, mas olha esse sol todo”.

Ainda ao se referir sobre pesquisas, ele recordou a campanha à Prefeitura de São Paulo, em 1985, quando às vésperas do pleito ele era  apontado como o favorito, mas acabou derrota pelo ex-presidente Jânio Quadros. "Pesquisa é pesquisa. Não vou desacreditar as pesquisas, mas estas não captam tudo", afirmou.

Ele disse também esperar que saia "um Brasil mais forte das urnas" e que o futuro presidente trabalhe para construir uma seleção mais preparada para competir com as grandes nações. "O Brasil precisa pensar mais sobre o seu futuro. Acho que seria muito bom, ganhe quem ganhar, que tivesse uma boa visão do Brasil. Precisamos criar uma sociedade, com respeito à democracia, que não tenha abuso de poder por parte de ninguém. Tem muito assunto para ser discutido, mas nada disso foi objeto da campanha", disse.

Independemente de quem for eleito à Presidência, Fernando Henrique Cardoso espera mais colaboração entre o PSDB e o PT, dois dos maiores partidos do país atualmente. "Eu esperava mais cooperação (já nos mandatos de Lula), mas o governo Lula se caracterizou pela intransigência. Espero que isso mude, porque senão não avançaremos politicamente. O Brasil precisa de pontes, mas a ponte precisa ser construída. Por enquanto, o PT e o governo foram dinamitadores de pontes", declarou.

Ao ser questionado sobre a sua relação com o atual presidente, Fernando Henrique disse "não ter mágoa" de Lula. "Ele perdeu a oportunidade de construir uma democracia mais tranquila. Se ele fosse um pouco menos agressivo, se tivesse uma visão mais pluralista, se fosse um pouquinho mais humilde, teria sido melhor". E, antes de terminar, ele revelou, com bom humor: "Já convidei (o Lula) para tomar um café. Um só, porque ele sabe que sou pão-duro".

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

terça-feira, 26 de outubro de 2010

HOJE TEM SERRA EM CARAPICUIBA

O CANDIDATO A PRESIDENCIA PELO PSDB, JOSE SERRA, ESTARÁ JUNTO COM ALOISIO NUNES E GERALDO EM CARAPICUIBA, PARA UMA CONVERSA DIRETA COM OS ELEITORES DA CIDADE. EM CARAPICUIBA DILMA VENCEU NO PRIMEIRO TURNO E A GRANDE SP ESTA SENDO O CALCANHAR DE AQUILES DE SERRA. SERRA TEM INTESIFICADO SUAS IDAS A GRANDE SP, E TAMBEM PELO SUDESTE E SUL DO BRASIL.

ELE ESTARA AS 17 HORAS NO CALÇADÃO DE CARAPICUIBA

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domingo, 24 de outubro de 2010

VAMOS VER A POLITICA DE HOJE

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Ola amigos, tudo bom, estou escrevendo no meu blog para fazer uma analise da politica de hoje em nosso país.

Tenho certeza que você deve estar acompanhando as idas e vindas dos candidatos a presidencia e seus devidos discurso.

Como vemos existe um paradigma aqui, existe o candidato A criado por um antigo presidente, e uma candidita B criada pelo o atual presidente.

Vejamos os fatos, cada um fala mal um do outro, mostra obras e objetivos feitos, mas o que o povo quer saber dos planos de governo se serão realizados ou não.

A população esta de certa maneira cansada da politica como esta feita, mas lembrando que nossa população ainda vive no periodo da ditadura militar, onde não esta nem ai com a politica e com os acontecimentos de escandalos cabeludos noticiados todos os dias.

Então dia 31 de outubro pense bem ou você vota no presidente ou na presidentelula-e-fhc

Voto das mulheres ainda é calcanhar de aquiles para Dilma

UIRÁ MACHADO
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

Assim como aconteceu com Lula nas cinco eleições presidenciais que disputou, as mulheres são o calcanhar de aquiles de Dilma Rousseff.

De acordo com cálculo do demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, do IBGE, a candidata do PT teria sido eleita no primeiro turno não fosse o "gap" de gênero --a diferença de votos entre homens e mulheres.

Com base em 45 pesquisas eleitorais realizadas neste ano por Datafolha, Ibope, Vox Populi e Sensus, Alves acompanhou a diferença de intenção de voto entre o eleitorado masculino e o feminino ao longo da disputa.

De acordo com ele, a média das quatro últimas pesquisas realizadas antes do primeiro turno davam a Dilma 51% entre os homens e 43% entre as mulheres.

A diferença de oito pontos percentuais, diz o demógrafo, representou cerca de 4,2 milhões de votos.

Como Dilma teve 47,6 milhões de votos e precisava de pelo menos 50,85 milhões para ser eleita (considerando o mesmo universo de 101,6 milhões de votos válidos), "pode-se afirmar que foram as mulheres que jogaram as eleições para o segundo turno", diz Alves.

Apesar dos esforços da campanha, que direcionou ações específicas para seduzir o público feminino, o "gap" de gênero que valeu no primeiro turno permaneceu após o dia 3 de outubro.

Segundo a mais recente pesquisa Datafolha (dia 21), Dilma tem 55% de intenção de voto entre os homens e 45% entre as mulheres.

A diferença, de dez pontos percentuais, é maior --em termos proporcionais e absolutos-- que entre os eleitores de José Serra (PSDB). O tucano tem 38% entre as homens e 41% entre as mulheres.

ESTRATÉGIA

Para Alves, tudo leva a crer que, se Dilma ganhar, "será uma vitória liderada pelos homens", e, se Serra vencer, "liderada pelas mulheres". Trata-se de uma "guerra invertida entre os sexos".

O PT conhece de longa data a resistência do eleitorado feminino. Coordenadores da campanha de Dilma ouvidos pela Folha avaliam que está nas mulheres adultas, principalmente acima de 40 anos, o maior desafio da candidata neste segundo turno.

Segundo eles, essas eleitoras têm uma resistência maior a mudanças.

E, mesmo com o discurso de que Dilma representaria a "continuidade" do governo Lula, o simples fato de ser ela a primeira candidata à Presidência no país representaria um risco.

Por isso, na tentativa de formular um discurso para atrair o voto feminino, desde o início da campanha o partido exaltou características próprias do universo das mulheres, como o fato de Dilma ser "mãe" e, mais recentemente, "avó" --algo que desagradou a feministas.

Ainda focada nessa fatia do eleitorado, a campanha adotou como bordão a tese de que ela cuidará do povo com amor maternal. A estratégia será repetida à exaustão até o fim da campanha.

É que, na avaliação do PT, esse estrato do eleitorado --mulheres acima dos 40 anos que não declaram voto na petista-- será o último a decidir por um dos dois candidatos. E são os indecisos o grupo que pode alterar o rumo da eleição.

Para Alves, do IBGE, a estratégia da campanha petista deu certo na pretensão de associar a Lula o voto em Dilma. No entanto, diz ele, o preço foi a perda da autonomia feminina da candidata. A maioria vota nela não porque ela é mulher, mas "porque é a sucessora indicada pelo popular presidente".

Ele considera "simplistas" explicações como as de que mulheres são mais conservadoras ou a de "mulher vota em mulher": "o gênero opera no campo da cultura, e não no terreno da natureza".

Serra admite preocupação com ausência de eleitores em feriado

23/10/2010 14h50 - Atualizado em 23/10/2010 15h22

Durante evento em Araraquara (SP), ele pediu que eleitor adie viagem.
‘Perca um feriado e ganhe um feliz ano novo’, brincou o tucano.

Luciana Bonadio Do G1, em Araraquara

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José SerraGovernador eleito de SP Geraldo Alckmin e o
candidato à Presidência da República, José Serra,
neste sábado (23) em Araraquara.
(Foto: Luciana Bonadio)

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra (PSDB), admitiu neste sábado (23) preocupação com a viagem dos eleitores no feriado prolongado e convocou a militância para convencer as pessoas a viajarem apenas após o voto. “Perca um feriado e ganhe um feliz ano novo”, brincou ele urante um discurso em um clube de Araraquara, no interior de São Paulo. Serra esteve na cidade acompanhado do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), do senador eleito Aloysio Nunes (PSDB), e do governador Alberto Goldman (PSDB).“É muito importante as pessoas se darem conta da importância que tem essa eleição para o futuro do Brasil e adiarem um pouquinho a curtição do feriado. Em vez de viajar na sexta, viajem no domingo de manhã, depois de votar”, pediu o candidato do PSDB. Durante os discursos, Serra e outros tucanos falaram sobre pesquisas eleitorais e citaram exemplos em que elas não refletiram com precisão o resultado das urnas.
Serra voltou a citar a agressão que sofreu durante um evento no Rio de Janeiro e disse não ser a primeira vez que vive momentos de tensão durante a campanha. “É um episódio a mais, porque episódios de violência têm ocorrido vários. O pior na questão do Rio de Janeiro foi a organização, porque estávamos fazendo uma passeata na rua e eles estavam organizados aguardando para não deixar passar. Isso que gera violência”, afirmou.
Pouco depois do governador eleito Geraldo Alckmin discursar, um jovem subiu ao palco e começou a gritar. Ele foi retirado por seguranças e disse que estava protestando porque “não recebia aumento salarial desde 1994”. O jovem se identificou como Nathan, de 21 anos, e afirmou trabalhar como secretário de uma escola estadual. Ele disse que um processo de promoção por mérito criado para os professores não beneficia outros funcionários. Alckmin minimizou o episódio. “Somos favoráveis à liberdade absoluta. Eu nem vi, mas não vejo nenhum problema [no protesto]”, disse. Serra criticou o fato. “Imagine entrar um petista no meio de uma reunião para agitar. É à procura de encrenca.”
Em relação a propostas de governo, Serra citou três projetos para a área social: elevar o salário mínimo a R$ 600, reajustar as aposentadorias em 10% e instituir o 13º pagamento do Bolsa-Família. O candidato afirmou que é possível compatibilizar esses aumentos com o Orçamento. “Isso é factível do ponto de vista orçamentário. Nós estudamos e tomamos a decisão desse anúncio com responsabilidade”, disse.
Críticas
Serra disse durante o discurso que teme que os escândalos se banalizem. “Os escândalos agora já são dois ou três por dia. É realmente incrível”, afirmou, em relação a seus opositores nas urnas. Ele disse que ainda não havia lido denúncias publicadas neste fim de semana pela revista “Veja”. “Não me surpreenderia, mas eu ainda não vi a matéria, por isso prefiro não comentar, mas o uso da máquina do governo para atacar adversários com espionagem é comum, habitual neste governo”, afirmou.

Segundo reportagem publicada pela revista "Veja", o secretário nacional de Segurança Pública, Pedro Abramovay, teria reclamado de supostos pedidos para a produção de dossiês feitos pelo chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, e pela candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, quando ela ainda era ministra-chefe da Casa Civil.

De acordo com a reportagem, em uma conversa gravada com o ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Jr., Abramovay teria dito a seguinte frase: "Não aguento mais receber pedidos da Dilma e do Gilberto Carvalho pra fazer dossiês (...) eu quase fui preso como um dos aloprados". A revista não informou quem fez as gravações, mas afirma que os registros foram "gravados legalmente e periciados".

Por meio da assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, Gilberto Carvalho afirmou que "jamais pediu qualquer coisa ao senhor Pedro Abramovay". Dilma Rousseff também negou que tenha pedido a elaboração de dossiês.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Aécio: "Querem meu peso eleitoral, não político"


DA REUTERS

Aécio Neves rebateu uma a uma as alegações de que não se engaja na campanha do aliado José Serra em Minas Gerais. Reagiu às críticas veladas, mas frisou que o presidenciável tucano nada tem a ver com as maledicências.

Candidato ao Senado pelo PSDB, ele é um popular cabo eleitoral no Estado, patrimônio longe do desprezível nesta sucessão polarizada. Minas é o segundo maior colégio do país e, possivelmente, o fiel da balança desta eleição.

"Eles querem minha força eleitoral e não querem minha força política", ponderou o ex-governador.

"Algumas pessoas têm preocupação de perder a hegemonia do partido", alfinetou, sem nomear os "preocupados" nem explicar se essa hegemonia seria a de São Paulo.

"Na cabeça de alguns analistas, se o Serra ganhar, ganha apesar de Aécio. Se perder, perde por causa de Aécio", acrescentou, falando na terceira pessoa e reproduzindo a versão já feita algumas vezes por membros do PSDB fora de Minas.

A intenção de ser ele o candidato do partido ao Planalto no ano passado alimentou a avaliação de que não gastaria verbo nem sola de sapato pelo colega. Contra essa tese, Aécio apresenta contas.

"A base de apoio ao Serra é mais ampla em Minas que em São Paulo. O PP, que é muito forte no Estado, não está com ele lá e está aqui", rebate. "O PSB, PDT e PR, coligados a Dilma Rousseff (candidata do PT) no âmbito federal, eu consegui, num esforço enorme, trazer para nossa campanha e isso beneficia o Serra."

Foi por sugestão do mineiro que Serra intensificou sua agenda no Estado. Passa por lá ao menos uma vez por semana. Também por conselho do aliado, o comando nacional decidiu montar um comitê exclusivo para o presidenciável em Minas.

O objetivo é conferir mais densidade e energia cinética à campanha, inclusive para resolver problemas operacionais como a distribuição de material na quantidade que o desafio local exige. A ausência de adesivos e santinhos com a imagem de José Serra já foi apontada como evidência de problema.

"Falam do material de campanha. Eu não cuido deles, não controlo quando chegam nem se são entregues de maneira casada. O que eu posso garantir é que não há nenhum outro lugar tão engajado na campanha do Serra como Minas."

Nesta manhã, o ex-governador concedeu entrevista a uma rádio local e enfatizou o projeto conjunto para eleger o tucano presidente. Citou o nome do aliado apenas uma vez menos que o do seu afilhado político, Antonio Anastasia, a quem tenta reconduzir ao Palácio da Liberdade.

Para ele, o desenho da atual corrida presidencial aponta para uma definição apenas no segundo turno e o desempenho estadual é decisivo para o resultado nacional.

"A vitória do Anastasia é fundamental para a vitória do Serra", afirmou. "Temos que trabalhar para Serra chegar no segundo turno e que nossos candidatos vençam em São Paulo e aqui no primeiro turno. São Paulo e Minas vão fazer a diferença", explicou.

A frase expõe um cálculo: o sucesso de José Serra em outubro depende fortemente do desempenho de Anastasia e Geraldo Alckmin. O segundo é o favorito das sondagens. O primeiro, vice de Aécio e atual governador do Estado, está bem atrás, mas tende a crescer à medida que aumentar sua associação com o padrinho.

"Com essas duas vitórias, teremos uma convergência muito grande em torno desses governos e em torno da candidatura Serra. Atrairemos mais apoios. Por isso, a vitória nesses dois colégios é vital."

O último levantamento do Ibope realizado no Estado indicou Dilma com vantagem de 12 pontos percentuais sobre Serra.

"Não é bom pra ninguém que ela vença as eleições

No 'JN', Serra diz que presidente não pode governar na garupa


11/08/2010 - 20h52

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, aproveitou para entrevista no "Jornal Nacional", da Rede Globo, para alfinetar a adversária petista Dilma Rousseff ao dizer que o presidente não pode governar na garupa. Segundo ele, Lula não é mais candidato.

"As pessoas estão preocupadas com o futuro. Quem tem mais condições de tocar o Brasil para frente", disse o tucano, na noite desta quarta-feira na entrevista com pouco mais de 12 minutos na bancada do jornal, com Willian Bonner e Fátima Bernardes.

Questionado sobre a aliança com o PTB, legenda envolvida no mensalão, Serra afirmou que os partidos são heterogêneos.

Ele lembrou que o partido em São Paulo sempre esteve com o PSDB. "Os personagens principais do mensalão nem foram do PTB, mas do PT', disse.

O candidato também não quis fazer uma avaliação sobre o ex-deputado Roberto Jefferson, que denunciou o mensalão. "O Roberto Jefferson, presidente do PTB, não é candidato. Eu não fico julgando e não tenho compromisso com nenhum erro."

Jefferson já repercutiu a entrevista no Twitter. "William Bonner e Fátima Bernardes facilitaram para o meu candidato. Foram mais amenos com ele."

VICE

Serra disse que o seu vice, deputado Indio da Costa (DEM), não foi escolhido no último minuto e que ele já figurava na lista dos cotados. Ele também negou que o deputado é inexperiente.

"Se você for pegar outros vices, do ponto de vista da experiência pública, cada um tem as suas limitações. Meu vice é adequado e me sinto bem". Segundo ele, sua experiência na vida pública foi marcada pela Ficha Limpa.

Sobre a questão dos pedágios em São Paulo, Serra citou pesquisa da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), na qual 71% dos usuários afirmaram que acham as rodovias paulistas as melhores.

Ele voltou a dizer que as rodovias federais são "estradas da morte" e acusou o governo de não aplicar todo o dinheiro do Cide, conhecido como o "imposto dos combustíveis", no setor.

"A primeira coisa que vou fazer é utilizar esses recursos para as estradas", disse.

Nos agradecimentos, Serra lembrou sua "origem modesta" e disse que deve aos pais estar no "Jornal Nacional", pela segunda vez, falando como candidato

Na terça-feira, a entrevista pelo telejornal foi com Dilma Rousseff e, ontem, com Marina Silva (PV). O candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, também será entrevistado por 3 minutos.

Esses são meus candidatos

sábado, 16 de janeiro de 2010

Mais de 5.000 pessoas comparecem ao velório de Zilda Arns; enterro acontece hoje

16/01/2010 - 12h24
Colaboração para a Folha Online
Mais de 5.000 pessoas compareceram ao velório da médica e sanitarista Zilda Arns, morta na última terça-feira em um terremoto de 7 graus de magnitude que atingiu o Haiti. A cerimônia acontece desde ontem, no palácio das Araucárias, sede do governo paranaense. A previsão era que fosse encerrado as 11h, mas ainda estava em andamento por volta das 12h10.
Veja imagens do velório de Zilda ArnsEnvie o seu relato sobre o terremoto no HaitiBrasil divulga telefones para vítimas do país
Veja especial sobre Zilda ArnsVeja a repercussão da morte de Zilda Arns
Leia íntegra da palestra que Zilda Arns preparou para apresentar no Haiti
Neste sábado, estiveram no velório a ex-ministra do Meio Ambiente e pré-candidata à presidência pelo PV, Marina Silva; o ex-governador paranaense Jaime Lerner; e a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB).
Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tinha comparecido e disse que a Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, lutou pela conquista da democracia e dos direitos humanos, pelas crianças e pelos idosos.
A previsão era que o velório fosse encerrado às 11h de hoje, mas o horário de visita foi estendido até ao menos as 13h. No início da tarde, o local deve ser fechado para que a família da médica assista à missa de corpo presente, presidida por Geraldo Majela, cardeal primaz do Brasil.
Segundo a Pastoral da Criança, a missa vai acontecer no próprio Palácio das Araucárias e será exibida em telões na praça Nossa Senhora de Sallete, nas proximidades do palácio, para que a população possa acompanhar a celebração. A cerimônia também será transmitida pela TV Paraná Educativa.
Após a missa o corpo de Zilda Arns será levado para o cemitério da Água Verde, em Curitiba, onde será enterrado. A cerimônia do enterro será restrita aos familiares. Em nota, a família de Zilda pediu que em vez de enviar coroas de flores, sejam feitas doações para o trabalho da Pastoral da Criança, 'como seria o desejo dela'.
Quem desejar fazer doações, deve acessar o "[site]": http://www.pastoraldacrianca.org.br/ da pastoral para mais informações. 'Essa seria a melhor maneira de homenagear concretamente a drª Zilda Arns Neumann, ajudando com isso a salvar vidas', diz a família na nota.