segunda-feira, 15 de novembro de 2010

PSDB e PPS analisam hipótese de fundir as legendas

15/11/2010

Blog do Josias

  Fotos: ABr e Folha
Sem alarde, PSDB e PPS analisam a viabilidade e a conveniência de fundir as duas legendas numa só.

As conversas, ainda embrionárias, começaram há duas semanas, nas pegadas da derrota do tucano José Serra para a petista Dilma Rousseff.

Coube ao senador eleito Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) procurar o deputado eleito Roberto Freire (SP), presidente do PPS federal.

Ex-chefe da Casa Civil do governo Serra em São Paulo, Aloysio propôs a fusão.

Escorou a ideia numa apreensão legislativa. Disse que, juntas, as legendas teriam maior poder de fogo no Congresso.

O PSDB saiu das urnas de 2010 com 53 deputados e 11 sedadores. O PPS, com 12 deputados e um senador.

Na cabeça de Aloysio, a nova legenda abrigaria os “descontestes” de outros partidos –do PMDB ao DEM, passando por PDT e PSB.

Citou-se o exemplo do senador Jarbas Vasconcelos (PE), um oposicionista aninhado no protogovernista PMDB.

O debate ocorre num instante em que o tucanato tenta fazer a digestão de sua terceira derrota presidencial.

O senador eleito Aécio Neves (MG) fala em “refundar” o PSDB. FHC cobra a defesa explícita do legado da era tucana no governo federal.

O repórter foi ouvir Roberto Freire. Ele confirmou o contato de Aloysio Nunes e admitiu que as conversas caminham.

Deu a entender que atribui ao PSDB, não ao seu PPS, a iniciativa dos próximos movimentos: “Ninguém faz fusão a partir de um partido minoritário”.

Disse: para que a articulação avance, o PSDB precisa, primeiro, se convencer de que precisa buscar reforço, incorporando setores da “esquerda democrática”.

Depois, seria necessário “ter clareza do que vai ser esse novo partido”. Como assim?

“Não pode ser um amontoado, um ajuntamento”, disse Freire. “O Brasil não precisa de outro PMDB”.

Para Freire, se o objetivo for apenas o de dar maior efetividade às ações da oposição no Congresso, a formação de um bloco oposicionista pode resolver o problema.

Na hipótese de evoluir para a fusão, PSDB e PPS flertam com um risco que seus dirigentes parecem desconsiderar.

Da fusão resultaria uma terceira legenda, com programa e estatuto novos. Algo que desobrigaria os congressistas dos dois partidos do compromisso da fildelidade.

Pela lei, os filiados do PSDB e do PPS estariam livres para buscar refúgio em outras legendas. Tornariam-se alvos automáticos da cooptação governamental.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Após derrota de Serra, Aécio Neves diz que lutará por reformas

01/11/2010 - 18h23

DA REUTERS

O novo líder "de fato" da oposição brasileira, o senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG), disse que desafiará o novo governo eleito neste domingo ao pressionar pela agenda legislativa de seu próprio partido que buscará incluir reformas econômicas desejadas por muitos investidores.

Aécio prometeu trabalhar "de forma responsável" com a presidente eleita Dilma Rousseff (PT), que venceu o segundo turno da eleição presidencial neste domingo contra José Serra, do PSDB, partido de Aécio.

Ainda assim, Aécio promete reunir os parlamentares de oposição após Dilma assumir em 1º de janeiro e buscar uma agenda própria a partir de fevereiro que sinalize uma estratégia nova e mais agressiva por parte da oposição, que no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou o confronto na maior parte do tempo.

"O Brasil está suficientemente maduro para uma nova abordagem", disse. "Temos de ser firmes. Estamos dispostos a negociar, é claro... mas não podemos deixar que o Executivo imponha tudo, como se isso fosse uma monarquia."

Aécio, neto do ex-presidente Tancredo Neves, fez esses comentários durante entrevista na semana passada em sua casa no Rio de Janeiro. A publicação dos comentários era condicional a uma derrota de Serra neste domingo.

O PSDB e seus aliados serão minoria no Congresso no governo Dilma, o que tornará difícil para a oposição buscar uma agenda própria. Os comentários do senador eleito parecem mais uma tentativa de se transformar num ativista de políticas pró-mercado que ajudarão seu partido a continuar relevante nos próximos meses.

Ele se recusou a especificar quais reformas buscará, alegando que primeiro precisa consultar outros líderes.

Mas indicou que seria favorável a alguma combinação de mudanças para a onerosa carga tributária brasileira, modificações nas leis trabalhistas e cortes orçamentários que podem ajudar a reduzir as taxas de juros.

"Essas reformas estruturais precisam ser feitas para manter a economia brasileira em crescimento", disse. "Lula deveria ter feito, mas não fez. A hora de fazê-las é agora."

Dilma disse que fará da reforma tributária uma de suas prioridades, mas seus assessores afirmam que outras reformas provavelmente não são necessárias, já que a economia brasileira vive um boom.

Aécio, 50, é agora o principal líder do PSDB com perfil nacional após a derrota de Serra, que pode ter posto fim à sua carreira política depois de perder duas eleições presidenciais. Ele é o favorito para ser o representante tucano na eleição presidencial de 2014.

O senador eleito passou boa parte da entrevista criticando a concentração da receita tributária nas mãos do governo federal durante os oito anos de Lula no poder, um argumento que pode ajudá-lo a conquistar aliados em nível estadual e federal fora da tradicional esfera de influência do PSDB.

"O PSDB não foi bem na oposição. Fomos relutantes na crítica", disse. "Isso vai mudar."

domingo, 31 de outubro de 2010

Serra admite derrota e deseja a Dilma que 'faça bem ao país'

31/10/2010 - 22h55

 

DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

O candidato derrotado à Presidência, José Serra, fez um pronunciamento às 22h35 no qual admitiu a derrota e desejou à presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), que 'faça bem para o país'.

"No dia de hoje os eleitores falaram, e nós recebemos com respeito e humildade a voz do povo nas urnas. Quero aqui cumprimentar a candidata eleita Dilma Rousseff e desejar que faça bem para o nosso país".Foi a única menção à petista e à vitória dela nas urnas.

O tucano falou com a imprensa no quartel-general do PSDB em São Paulo, edifício Joelma.

Moacyr Lopes Júnior/Folhapress
Em pronunciamento, Serra admitiu a derrota para Dilma e deu a entender que continuará atuante na vida política
Em pronunciamento, Serra admitiu a derrota para Dilma e deu a entender que continuará atuante na vida política

Serra deu a entender que permanecerá atuante na vida política.

"Eu disputei com muito orgulho a presidência da República. Quis o povo que não fosse agora", disse o tucano.

"E para os que nos imaginam derrotados, quero dizer: 'nós apenas estamos começando uma luta de verdade'. Estamos no começo dessa luta. Nós vamos dar a nossa contribuição ao país em defesa da pátria, da liberdade, da democracia, do direito que todos têm de falar de serem ouvidos, da justiça social."

No final do discurso, o candidato derrotado afirmou: "a minha mensagem de despedida não é um adeus, mas um até logo".

Serra disse que chega ao final de campanha "cheio de energia", mas disse não saber como canalizá-la após a derrota.

"O problema é como dispender essa energia nos próximos dias. Essa energia que me foi passada de todo o Brasil."

color=#000000>INSINUAÇÕES

Sem mencionar exatamente a quê se referia, o tucano afirmou que sua campanha enfrentou "forças duríssimas" e agradeceu aos militantes e simpatizantes pela luta que travaram.

Tocou em várias vezes na palavra "liberdade".

"Vocês cavaram uma grande trincheira, construíram uma fortaleza, conquistaram a defesa da liberdade no Brasil. Um grande campo político em defesa da democracia, da liberdade e das causas sociais e econômicas em nosso país, que estão vivas no sentimento de toda a nossa população."

Referindo-se aos jovens que encontrou durante a campanha, Serra afirmou que ele próprio também sonhou e lutou "por um país melhor, mais justo e democrático, onde os políticos fossem servidores do nosso povo, e não se servissem do nosso povo".

color=#000000>ALIADOS

Ao lado dele estavam os presidentes de partidos aliados, seu candidato a vice, Indio Costa (DEM), o governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB-SP), o atual comandante do Estado, Alberto Goldman, além de amigos e familiares. Serra fez questão de ressaltar o apoio que recebeu.

"Tenho que agradecer a esse homem (Alckmin) que, honestamente, se empenhou mais na minha eleição do que na dele", disse Serra.

Serra ressaltou o apoio de outros aliados. Não falou de Aécio Neves, eleito senador por Minas Gerais.

Ele também fez questão de ressaltar o apoio da militância "que lutou nas ruas e na internet" por sua candidatura. "Quero agradecer também aos milhões de militantes, que lutaram nas ruas e na internet por um brasil soberano, democrático, e que seja propriedade do seu povo", afirmou.

PSDB triunfa em 8 Estados, e oposição comandará 52,3% do eleitorado brasileiro

31/10/2010 - 21h50

 

SILVIO NAVARRO
DE SÃO PAULO

Atualizado às 22h27.

A oposição, composta por PSDB e DEM, vai administrar 52,3% do eleitorado brasileiro.

Derrotado na corrida à Presidência, o PSDB saiu das eleições como o campeão na disputa pelos Estados (oito vitórias) e terá, a partir de janeiro, quase metade do eleitorado brasileiro sob sua administração _64,2 milhões, que representam 47,5% do total.

A conquista tucana nos Estados torna-se um contrapeso à vitória de Dilma Rousseff (PT), que contará com apoio certo de 16 governadores _o PMN, vencedor no Amazonas, estava na chapa de José Serra (PSDB).

Os tucanos já haviam faturado a eleição no primeiro turno em quatro Estados: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Tocantins, sendo os dois primeiros os maiores colégios eleitorais do país.

A esse cinturão no Centro-Sul do mapa somaram-se vitórias em mais quatro praças ontem: Alagoas, Pará, Goiás e Roraima.

O resultado está acima dos prognósticos mais otimistas feitos pelo comando do partido no início da campanha, cuja expectativa era faturar no máximo seis Estados.

Em números, é o melhor desempenho da sigla desde 1994 (52% dos eleitores), quando houve uma onda nos Estados alavancada pela eleição de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Em 2006, conseguiu 43%.

A oposição faturou no primeiro turno em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte, com o DEM.

O PT teve crescimento discreto, de 13,5% para 15,7%, ganhando em quatro Estados (AC, BA, RS e SE) e no Distrito Federal. Além da reeleição na Bahia, a grande vitória petista foi no Rio Grande do Sul.

Maior partido do Brasil, o PMDB encolheu e comandará 15,3% do eleitorado, ante 22,8% há quatro anos. A legenda administrará cinco Estados (MA, MS, MT, RJ e RO).

Outro destaque destas eleições é o PSB, que termina com seis vitórias (PB, CE, PE, ES, PI e AP), totalizando 14,8% do eleitorado. A força dos "socialistas" está concentrada no Nordeste.

CONGRESSO
O triunfo da oposição na geopolítica do país é, entretanto, relativizado pela ampla maioria que Dilma terá no Congresso.

De largada, a petista conta com 311 dos 503 deputados. Mas, se tomado o arco de partidos que hoje apoiam o governo Lula, ela teria uma base de 402 parlamentares _a maior desde a redemocratização do Brasil.

Os principais alvos de negociação do futuro governo Dilma serão PP, PTB e PV, que optaram por não se coligarem formalmente à chapa dela ao Planalto.

No Senado, a petista também terá maioria confortável, que variaria hoje entre 52 e 60 das 81 cadeiras.

FHC vota em SP e diz que previsões mudam

31/10/2010 11h32 - Atualizado em 31/10/2010 12h09

Perguntado sobre pesquisa, disse 'previsão era de chuva e está esse sol'.
Ex-presidente afirma esperar que o Brasil saia mais forte das urnas.

Marcelo Mora Do G1 SP

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Ex-presidente votou na manhã deste domingo em HigienópolisEx-presidente votou na manhã deste domingo
em Higienópolis (Foto: Marcelo Mora/G1)

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso compareceu para votar neste domingo (31) no colégio Nossa Senhora do Sion, na avenida Higienópolis, região central de São Paulo. Ele foi a pé da sua casa e chegou por volta das 10h50 da manhã.

Antes de votar, ele falou com a imprensa e foi aplaudido pelos eleitores no local. Após sair da seção de votação, ele conversou mais uma vez rapidamente com a imprensa. Perguntado sobre as pesquisas de intenção de voto, que apontam vitória da candidata petista Dilma Rousseff, Fernando Henrique afirmou: “A previsão para hoje era de chuva. Eu estava com um medo danado de que fosse chover, mas olha esse sol todo”.

Ainda ao se referir sobre pesquisas, ele recordou a campanha à Prefeitura de São Paulo, em 1985, quando às vésperas do pleito ele era  apontado como o favorito, mas acabou derrota pelo ex-presidente Jânio Quadros. "Pesquisa é pesquisa. Não vou desacreditar as pesquisas, mas estas não captam tudo", afirmou.

Ele disse também esperar que saia "um Brasil mais forte das urnas" e que o futuro presidente trabalhe para construir uma seleção mais preparada para competir com as grandes nações. "O Brasil precisa pensar mais sobre o seu futuro. Acho que seria muito bom, ganhe quem ganhar, que tivesse uma boa visão do Brasil. Precisamos criar uma sociedade, com respeito à democracia, que não tenha abuso de poder por parte de ninguém. Tem muito assunto para ser discutido, mas nada disso foi objeto da campanha", disse.

Independemente de quem for eleito à Presidência, Fernando Henrique Cardoso espera mais colaboração entre o PSDB e o PT, dois dos maiores partidos do país atualmente. "Eu esperava mais cooperação (já nos mandatos de Lula), mas o governo Lula se caracterizou pela intransigência. Espero que isso mude, porque senão não avançaremos politicamente. O Brasil precisa de pontes, mas a ponte precisa ser construída. Por enquanto, o PT e o governo foram dinamitadores de pontes", declarou.

Ao ser questionado sobre a sua relação com o atual presidente, Fernando Henrique disse "não ter mágoa" de Lula. "Ele perdeu a oportunidade de construir uma democracia mais tranquila. Se ele fosse um pouco menos agressivo, se tivesse uma visão mais pluralista, se fosse um pouquinho mais humilde, teria sido melhor". E, antes de terminar, ele revelou, com bom humor: "Já convidei (o Lula) para tomar um café. Um só, porque ele sabe que sou pão-duro".

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

terça-feira, 26 de outubro de 2010

HOJE TEM SERRA EM CARAPICUIBA

O CANDIDATO A PRESIDENCIA PELO PSDB, JOSE SERRA, ESTARÁ JUNTO COM ALOISIO NUNES E GERALDO EM CARAPICUIBA, PARA UMA CONVERSA DIRETA COM OS ELEITORES DA CIDADE. EM CARAPICUIBA DILMA VENCEU NO PRIMEIRO TURNO E A GRANDE SP ESTA SENDO O CALCANHAR DE AQUILES DE SERRA. SERRA TEM INTESIFICADO SUAS IDAS A GRANDE SP, E TAMBEM PELO SUDESTE E SUL DO BRASIL.

ELE ESTARA AS 17 HORAS NO CALÇADÃO DE CARAPICUIBA

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